Associação do Ministério Público do Estado
do Amapá
NOTA DE REPÚDIO
A Associação dos Membros do Ministério Público do Estado
Amapá - AMPAP, por intermédio da sua presidência, em razão do conteúdo de
entrevista com a Prefeita Municipal de Laranjal do Jari Euricélia Melo Cardoso,
veiculada no programa Laranjal Notícias, transmitido pela Rádio Laranjal FM, no
dia 10/10/2012, na qual a Prefeita daquela cidade lança graves e ofensivas
acusações contra a Promotora de Justiça Fábia
Nilci Santana de Souza, de manter ‘postura de uma certa prepotência’ e
ainda de ter invadido a sua residência sem ordem judicial para tanto,
procedendo “a uma invasão de domicilio escraxada mesmo”, sustentando que a
Promotora Fábia Nilci “saiu invadindo todos os quartos” em “mais uma prática
indevida por essa promotora”, e que “desapareceu (sic) alguns pertences
pessoais”, que “é um tanto o quanto esdrúxula a atitude por parte de uma
promotora que determina que a polícia federal adentre o seu lar pra fazer um
vasculho geral da sua vida, da sua casa”; referindo “que além dos adversários
ainda tinha abertamente a tendência forte dessa promotora”, que a Promotora
Fábia Nilci teria ameaçado com prisão o radialista Waldo, e ainda, que a
Promotora apresenta uma “fala claramente tendenciosa”, e “que já estamos
tomando as providências sobre todas essas situações para que seja dado um
basta, uma freada, porque ou a pessoa revê seus conceitos, quanto promotora, ou
a gente vai ter que tomar outra postura, outra medida”, vem a público
manifestar sua irrestrita solidariedade à digna Promotora de Justiça, bem como
registrar seu mais veemente REPÚDIO pela forma grosseira e até irracional como
a honra, dignidade e imagem da colega foram pública e graciosamente assacadas.
A Promotora de Justiça Fábia Nilci Santana de Souza se trata
de valorosa membro do Ministério Público amapaense, profissional das mais
qualificadas, comprometida com a ética e a ordem jurídica e que sempre se pautou
pela correção na defesa intransigente das atribuições institucionais que lhe
foram conferidas pelas Constituições Federal e Estadual e pelas leis deste
País. Por certo não se quedará, tampouco transigirá com o ideal e a missão do Parquet, ainda que na sua concretização
possa contrariar interesse de grupos políticos, independentemente da sua
agremiação partidária.
A AMPAP refuta e repudia a imprudente acusação de que a
colega esteja sendo parcial, insinuando a adoção de um comportamento arbitrário,
por acreditar que tal ilação só pode ter sido utilizada com o fito de criar um
fato político e colher dividendos às expensas da Instituição ministerial, numa
manobra execrável, afirmando que estará vigilante na defesa das prerrogativas e
garantias não apenas da Promotora de Justiça agravada, mas de todos os membros
do Ministério Público e não permitirá que eles sejam atacados impunemente
através de qualquer acusação maldosa, leviana e caluniosa.
Macapá,
18 de outubro de 2012.
João Paulo de Oliveira Furlan
Promotor de Justiça
Presidente da AMPAP